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Liderança Feminina: Histórias De Jornadas Profissionais Inspiradoras

Liderança Feminina: Histórias de jornadas profissionais inspiradoras

Desafios e obstáculos que precisam superar em suas carreiras e um bate papo com Lívia Souza Azevedo, Diretora Geral do Super Carlão. 

Ser líder é um grande desafio! Para as mulheres, o desafio é ainda maior 

Conquistar o respeito de uma equipe e engajá-la num mesmo propósito, para uma líder mulher, requer jogo de cintura muito maior que os profissionais homens. Por isso, jornadas profissionais se transformam, muitas vezes, em histórias inspiradoras. 

As instituições LeanIn.Org e a McKinsey & Company publicaram recentemente um estudo chamado “Women in Workplace”, um monitoramento realizado anualmente desde 2015 que confirma que elas enfrentam mais obstáculos dentro das empresas. 

Desde quando a pesquisa começou a ser feita, o número de mulheres nos cargos C-level cresceu de 17% para 28%. Um resultado positivo que mostra uma evolução, mas que ainda não é suficiente, levando em consideração que no país, 51,1% da população é formada por mulheres, conforme o Censo 2022. 

As posições chamadas de C-level são aqueles cargos executivos mais altos, mais influentes e os decisores dentro de uma empresa. Por exemplo, o mais popular é o CEO, equivalente ao presidente de uma companhia, ou cargos que fariam referência a diretorias como CMO (marketing), COO (operações), CTO (tecnologia), CFO (financeiro), etc. 

Representatividade 

Nos últimos anos temos ouvido falar muito sobre representatividade e que empresas e governos têm trabalhado por ela desde as posições de liderança nas empresas, nos cargos públicos e até mesmo em produtos de ficção como filmes, séries e novelas. 

Mas, você sabe o que realmente significa a representatividade? 

Quer dizer que as pessoas precisam se sentir representadas nestes espaços para acreditar que também podem chegar lá. Por exemplo, acabamos de dizer mais acima que as mulheres são maioria no país, não é? Sendo assim, não seria o caminho normal que elas também fossem maioria nas lideranças? 

O fato disso não acontecer, não significa que elas sejam menos preparadas que os homens, mas que elas passam por diversas barreiras culturais ou institucionais, trilhando um caminho muito mais difícil para alcançar as lideranças nas empresas. 

Estereótipos de gênero 

Quando falamos sobre as maiores dificuldades e obstáculos injustos que determinados grupos da população enfrentam, uma das razões são os estereótipos de gênero. 

Estereótipos são pensamentos que temos sobre uma pessoa sem conhecê-la ou até ideias e interpretações que fazemos de um grande grupo ou região sem nenhum tipo de conhecimento prévio, simplesmente por alguma característica. São rótulos ou preconceitos que colocamos em alguém. 

Isso significa que nós simplificamos o que pensamos sobre outra pessoa deixando nos levar, por exemplo, pelo senso comum, pela mídia, por amigos, colegas e até familiares. Reproduzindo o que eles acreditam sem conhecer a fundo sobre o outro. 

Você já fez algum julgamento sobre uma pessoa que acaba de conhecer e depois de um tempo percebe que não era nada daquilo que você imaginava só pela aparência, pelo jeito que fala ou se veste? Todo mundo já passou e ainda passa por essa situação. 

O estereótipo de gênero é quando criamos rótulos e preconceitos para uma pessoa pelo seu gênero, por exemplo, quando desacreditamos nas habilidades profissionais de alguém por ser uma mulher. 

Este é um comportamento bastante prejudicial, pois são essas crenças preconceituosas que fazem com que as mulheres tenham mais obstáculos na construção de suas carreiras, precisando de muito mais dedicação e energia para comprovarem seu valor e suas capacidades. 

Barreiras culturais e institucionais 

Esses desafios atribuídos mais as mulheres são barreiras que podem ser culturais ou institucionais. Mesmo com avanços significativos em termos de igualdade de gênero, muitas ainda se deparam com elas. 

Culturalmente, as expectativas em relação ao papel da mulher na sociedade ainda são carregadas de estereótipos de gênero como vimos mais acima e limita a capacidade das mulheres de alcançarem cargos de liderança nas organizações. 

Como exemplo, podemos citar a visão equivocada de que elas devem ser mais dedicadas aos filhos e à família e que são mais emotivas, características que muitas vezes as empresas acreditam limitar suas habilidades profissionais, principalmente em cargos de liderança. 

Institucionalmente, as mulheres enfrentam desafios como a falta de políticas de igualdade de gênero nas empresas, a disparidade salarial em relação aos homens que exercem a mesma função, entre outros.  

Além disso, a falta de representatividade feminina em cargos de liderança também é um obstáculo relevante, pois a ausência de modelos inspiradores pode desencorajar a busca por posições de destaque. 

É fundamental que as empresas atuem de forma proativa na promoção da equidade de gênero em seus ambientes de trabalho, implementando medidas concretas para combater as barreiras culturais e institucionais que as mulheres enfrentam em suas carreiras.  

Isso inclui a criação de políticas de igualdade salarial, a implementação de programas de mentoria para mulheres, a promoção da diversidade e inclusão nas equipes, entre outras ações. 

Ao superar essas barreiras, as mulheres poderão desenvolver todo o seu potencial profissional, contribuindo de forma mais significativa para o sucesso das organizações e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.  

A luta pela equidade de gênero no ambiente de trabalho é responsabilidade de todos e representa um passo fundamental rumo a um mundo mais justo e inclusivo. 

Conheça a trajetória de uma líder 

O blog conversou com a executiva Lívia Souza Azevedo, ela é Diretora Geral do Super Carlão, uma rede supermercadista que é nossa parceira aqui da DM.  

Lívia Souza Azevedo, 34 anos, natural de Paraty, RJ, está na empresa desde 2012 quando terminou a faculdade de administração de empresas. Inicialmente, trabalhou na parte financeira e, com o passar do tempo, ingressou na parte administrativa do negócio, aprimorando seus conhecimentos na área fiscal, de recebimento e na dinâmica do funcionamento diário. Participou de negociações de pagamento e teve uma breve experiência no setor comercial.  

Ela também é Diretora da APAS (Associação Paulista de Supermercados), do Vale do Paraíba. Veja só como foi o papo: 

  • Qual foi sua jornada profissional até alcançar o cargo de liderança que ocupa atualmente no varejo? 

Para desenvolver o projeto do Super Carlão, tive que entender de operações para auxiliar no desenvolvimento do negócio. 

No final de 2017, em 30 de novembro, inaugurou o Super Carlão, e assumiu o cargo de diretora administrativa, e atualmente ocupa o cargo de diretora geral. 

  •  Quais foram os principais desafios que você enfrentou como mulher em um ambiente predominantemente masculino no setor varejista? 

Primeiramente, ser mulher em um ambiente dominado por homens foi um obstáculo, embora tenha sido um cenário que vem mudando gradualmente.  

A preocupação predominante sobre a sucessão era se as mulheres seriam capazes, mas elas têm demonstrado sua capacidade de liderança. Além disso, a idade foi um desafio, por ter começado jovem e no varejo ter muitas pessoas com muita experiencia, muito gerente antigo. 

  • Quais são suas estratégias para lidar com questões de igualdade de gênero e promover uma cultura inclusiva em sua empresa? 

Atualmente, o setor possui uma predominância de mulheres na parte operacional. No entanto, o desafio está nos cargos de liderança, predominantemente ocupados por homens.  

A empresa super Carlão que está no mercado há 41 anos, busca equilibrar isso, tentando trazer mais mulheres para cargos de liderança e promovendo uma cultura inclusiva. 

  • Quais conselhos você daria para outras mulheres que aspiram a cargos de liderança no setor varejista? 

Persistência e resiliência são fundamentais. O setor varejista é desafiador e demanda muito, mas com persistência e resiliência é possível alcançar e crescer nos cargos de liderança. 

  • Como você enxerga o papel das mulheres no futuro do varejo e quais tendências você identifica nesse sentido? 

Não tem como pensar no futuro se não pensar em mulher, vem desempenhando e desenvolvendo com maestria os cargos de liderança. 

  • Quais são os principais aprendizados que você teve ao longo de sua carreira que gostaria de compartilhar com outras mulheres empreendedoras ou líderes no varejo? 

Foco, determinação e paixão pelo que faz são essenciais. No setor varejista, os desafios são constantes, mas é importante amar as pessoas e saber lidar com os desafios pessoais de cada um. 

  • Como a sua experiência única como mulher tem influenciado suas decisões e abordagens de liderança no varejo? 

Temos a capacidade de enxergar algumas situações com uma perspectiva mais ampla, considerando diferentes ângulos. Isso é fundamental, especialmente em um setor tão dinâmico, pois a falta de uma visão abrangente pode levar a decisões que resultam em arrependimentos futuros.  

  •  Você tem observado mais mulheres na liderança do varejo atualmente? Se não, o que você acha que falta para que esse movimento comece a ser realidade? 

Sim, tenho observado um aumento no número de mulheres na liderança do varejo. Além disso, há um movimento crescente de mulheres que aspiram ocupar essas posições, como evidenciado pelo grupo “Elas Futuro do Varejo”. 

  •  Quem são as suas inspirações nesse setor do varejo? 

Meu pai é minha grande referência, ele que me introduziu no setor, meu amor pelo varejo vem dele.  

Mas temos grandes empresários aos quais me inspiro como a Cris Arcangeli e o Abílio Diniz que nos deixou recentemente, mas seus ensinamentos ficaram. 

Estimule um ambiente mais seguro e encorajador 

Então, para termos outras profissionais como a Lívia em posições de liderança, é uma responsabilidade de todos nós, colegas e líderes nas empresas, mantermos atenção para garantir um ambiente profissional seguro e encorajador 

Veja algumas dicas que podem ajudar nesse propósito: 

  • Promova distribuição justa e equitativa de poder e recursos. 
  • Viabilize o avanço da carreira e a representação de mulheres em cargos de liderança. 
  • Aborde e garanta a eliminação de discriminação, assédio e preconceito e se posicione para evitar que esses comportamentos aconteçam novamente.  
  • Não obrigue uma mulher a escolher entre vida pessoal e trabalho. Acolha a maternidade na sua equipe.  

Temos muito orgulho de todas estas iniciativas já serem uma realidade aqui na DM! 😊 

Para conhecer algumas iniciativas que adotamos nesse sentido, recomendamos a leitura aqui no blog: “Segurança psicológica no ambiente de trabalho: por que isso é tão importante? ”. 

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